quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Perdido em Silent Hill

Se em 1999, a Konami havia conseguido dar um salto monstruoso com seu "Silent Hill", em relação aos demais jogos de terror conhecidos até então, o futuro da série parece estar um pouco aquém do que merecia.
Silent Hill, surgiu em uma época onde o ato de matar monstros e se assustar a todo momento, estava no auge,e conseguiu incorporar um terror de caráter mais pisicológico em um jogo. Repleto de referências, o título também era um prato cheio para amantes do terror, já que as ruas do mapa de sua cidade, eram repletas de nomes de escritores e personagens de filems e livros de terror. É inegável no entanto, a influência que jogos como Resident Evil (que teve seu terceiro título lançado no mesmo ano do primeiro Silent Hill) e Alone In The Dark, tiveram sobre seu desenvolvimento; a presença de monstros e de reviravoltas no roteiro estava lá, mas a história era tão densa para um jogo, que facilmente ganhou admiradores por todo o mundo, gerando sequências e até mesmo um longa metragem, que é de longe um dos mais fiés filmes gerados de games até hoje, no ano de 2006.
O grande problema de Silent Hill, é o mesmo problema com outros títulos que envolvem sequências (sejam em filmes ou games), o roteiro começa a se perder, e o lançamento de jogos desnecessários passa a acontecer, como é o caso do título mais recente lançado para PS2, Wii e PC, chamado Silent Hill Shattered Memories.
Fãs menos conservadores da série, com certeza aprovaram SHSM, mas, de certa forma, fica no ar a impressão de um jogo lançado apenas por intuitos comerciais e mais nada, já que ele é apenas uma releitura do primeiro jogo da série, com um enfoque menos sobrenatural. Com Silent Hill: Origins, o mesmo parece acontecer; a tentativa de se explicar os fatos acontecidos antes do primeiro jogo na série, soa quase como o filme "O Massacre da Serra Elétrica: O Início", e mostra abordagens que em nada surpreendem, dando a entender que não havia nada de tão surpreendente que ainda não havia sido falado.Ainda assim, mostra cenas antológicas, como a cena onde Alessa, de certa forma o personagem principal de toda a série, queima-se durante um incêndio, sendo salva por Travis, personagem central do jogo. Seu defeito maior, assim como Silent Hill Shattered Memories é ser demasiadamente curto e com um nível de dificuldade baixa. O próprio Silent Hill 4: The Room, é uma das amostras de como a série se tornou comercial, já que o jogo nem mesmo seria um título da franquia, mas acabou sendo adapatado, por uma questão estratégica de marketing.
Depois de um altamente técnologico mas vazio em roteiro Silent Hill V, a Konami divulgou durante a E3 de 2010, o trailer do futuro título para consoles da nova geração, o tão aguaradado Silent Hill 6. Duarante o trailer podemos ver mais um pobre indivíduo, que será colocado dentro da maléfica cidade. Trata-se de um presidiário, Murphy Pendleton, que é transportado de ônibus durante uma noite chuvosa. Durante seu trajeto, de alguma forma ainda não clara, consegue escapar, e acaba entrando nos limites da cidade. Lembra muito em algumas partes, a chegada de Travis (Origins), em seu caminhão, já que ele dorme ao volante algumas, vezes e vislumbra cenas de seu passado, e o mesmo acontece com o personagem do vídeo, porém (claro e obviamente por ser um presidiário) ele não dirige, e permanece em seu banco olhando para suas algemas.
Uma das grandes novidades do título, é que ele não conta com Akira Yamapka como o produtor de sua trilha sonora, o que não é nada agradável para quem já conhece seu trabalho nos jogos antyriores. Porém, o novo produtor musical, Daniel Licht, conseguiu manter o clima do jogo, como voce conseguirá ver durante o trailer. Outro fato que chama a atenção, é o de a produtora Vatra, responsável pelo 6º título da série, ser Tcheca, ao contrário das outras que eram Japonesa e Americana respectivamente.
Com certeza, fãs do jogo ao redor do mundo esperam ansiosos para mais uma chance de entrar em Silent Hill. Porém, a incerteza do que vai se encontrar (em questões de qualidade e até de roteiro), com certeza deixa todos apreensivos. Mas o fato é só um: para quem gosta realmente de Silent Hill, por menor ou menos empolgante que seja o "passeio", é sempre bom contar com uma nova visita à nessa misteriosa cidade, cheia de segredos e aberrações...

Nenhum comentário:

Postar um comentário