quinta-feira, 29 de julho de 2010

Salve Bruno, 2014!


Cada dia mais, podemos ver como o individualismo toma conta das pessoas e de suas vidas, e claro consequentemente de suas decisões e valores. O goleiro Bruno, por exemplo, é o maior exemplo de egoísmo e de falta de escrúpulos a qual um humano pode chegar. Não, não venho por aqui defender a vítima Elisa, que de exemplar também, parecia não ter nada. Mas podemos ver, e isso claramente, o quanto as prioridades de Bruno são importantes para ele, mesmo que o país inteiro, quem sabe talvez até o mundo, estejam chocados (ou já esteve, afinal, crimes acontecem todos o dias) com o crime cometido por ele.
A Copa de 2014. Esse é o sonho que parece ter sido interrompido graças à " fatalidade" acontecida com sua ex-amante, afinal, haviam tão grandes chances de ele fosse escalado!
Mas e o corpo? E a vida de seu filho? Ah, disso não se sabe, isso pode-se deixar para depois, porque a copa vem aí! O que mais pode ser tão importante quanto a copa? Uma menina desaparecida? Claro que não! Porque ela, é apenas uma, e nós, somos 180 milhões de torcedores, que assistimos fielmente a competição de canastrice e de sujeira que o esporte tem se tornado ultimamente. Choramos a perda de uma oitava de final, mas não nos surpreendemos mais com o desaparecimento de pessoas. Perder jogos é inaceitável, mas pessoas, ah, por que afinal se preocupar tanto? Somos substituíveis. Completamente.
Agora, além de não saber de nada, Bruno decidiu raspar seu cabelo para negar provas para o teste de DNA que seria feito utilizando esses fios... Sabe de uma coisa? Já não duvido que a justiça brasileira, ignore outras milhares de formas de colher o DNA humano, e diga que há a impossibilidade de se fazer o teste, graças a falta de material do réu. Porque se Bruno é um bom goleiro, não é muito bom que ele fique na cadeia. 2014, salve a seleção!
Bruno é apenas um esboço da juventude brasileira, e de sua falta de limites. É apenas um garoto com dinheiro, que se acha mais importante. Aí podem me dizer, que ele é de origem humilde, que ele veio de baixo... Quem sabe tudo isso que ele faz não é reflexo do foi feito com ele? Isso é apenas uma forma de se soltar, soltar seus monstros do passado e suas frustrações. Mas até quando, vamos nos permitir acreditar nisso? Até quando, o sofrimento pessoal de alguém, servirá como desculpas para se acabar com a vida de outrem? A verdade é apenas uma: hoje uma camiseta da seleção, tem o custo muito maior que de uma vida. Você esta disposto a pagar o preço? Eu não.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sua mãe é surda?





Foi com esse título polêmico, que meu primeiro texto publicado (e diga-se de passagem, enviado) ao jornal da UNIFRAN, ganhou um espaco na edicão de julho de 2010. Confesso; esse título não foi idéia minha, bem como algumas partes das piadas ácidas colocadas na edição impressa. Porém, nada disso mudou a idéia central do texto. Respeito os gostos alheios, mas será que sou obrigado a ouvi-los, mesmo sem querer? Até quando vamos ter que ouvir aquilo que nos empurrado? Já ví que o texto não agrada a todos, e com certeza desagradou àqueles, ou que fazem o que a matéria denuncia, ou que não leram as informações e opiniões expressas com a devida atenção.
Respeito todos os estilos de músicas, todos os apelidos de DJs, e até os cds com números de telefone no meio das músicas. Mas ter que ouvir tudo isso no meio da aula é demais pra mim, aliás, pra qualquer um! Aqui vai, o texto, aida sem as atualizações feitas pela edição. Espero que gostem! Ah, só pra explicar: "não vi e não gostei", é o nome de um dos cadernos do jornal.

"não vi (e não gostei)
som ambiente
william veríssimo
É incrível, mas ultimamente podemos falar que nossas aulas contam quase sempre, com belíssimos sons, que já podem ser vistos (ou melhor, ouvidos) como o som ambiente da universidade. Não, não estou falando da rádio da universidade, e sim dos carros barulhentos, que a todo momento, passam e fazem questão de que todos os demais seres viventes do planeta escutem seu ótimo gosto musical. Claro, gosto não se discute; mas o fato é: será que somos obrigados a ouvir uma seleção musical tão fantástica (leia-se rebolation e afins), mesmo contra nossa vontade? Ninguém merece ouvir pancadões com a voz do DJ falando “DJ Tomatty, a melhor seleção da night! Ligue 021...” no volume máximo... Chega! Aí, você pode falar que tudo isso é fora dos portões da universidade... mas, os bons moços que fazem isso, geralmente são daqui, não? Quem sabe, por um milagre, eles não leiam isso, e de uma vez por todas, entendam: 1º: o som do carro, é para ser ouvido no carro! 2º som alto é altamente prejudicial! E 3º: “a melhor seleção da night”? Fala sério!..."


Hugs, William Veríssimo.

Ensaio sobre a Cegueira


Falar de educação, é igual a falar de religião. Praticamente não se discute, pois poderão ao final dessa discussão, haver feridos. Sim, porque nos métodos e nas linhas de ensino adotadas, não se pode intervir, são perfeitos. Aliás não são métodos, são doutrinas. Construtivismo,Tradicionalismo; são apenas alguns dos exemplos de linhas de pensamento que fazem com que educadores, pedagogos e as mais diversas camadas da sociedade à quem a educação possa ser um assunto de interesse, entrem em um embate sem fim sobre a real face e funcionalidade desses tão famigerados conceitos.
Enquanto o método tradicional segue uma linha mais rígida, e o aluno é visto como mero receptador de conhecimentos, no construtivismo, a proposta é fazer com que o aluno seja tratado como um indivíduo que já possui seus conhecimentos de mundo que devem ser levados em conta. Porém, ambos tem graves defeitos; são dógmaticos. Ambos tem seus pontos positivos, mas não estão abertos a discussão quando se toca em seus pontos fracos; são absolutos em suas verdades (como se pode ver na matéria "Um Salto no Escuro" da revista Veja ).
É comprovado que o Tradicionalismo, com sua rigidez e simetria, fez muitas vítimas com sua falta de piedade ao tempo de cada criança para aprender; porém, em sua época talvez pela própria rigidez que lhe era empregada, e pela cultura que ja vinha arraigada aos pais e ao medo da repetência, o sucesso do aluno era quase visível (quando não maquiado pelas escolas) ao final do ano letivo. Já no construtivismo, temos as crianças que falam mais e sabem mais, pois o que elas sabem, é muito importante; temos a liberdade do aprender. Ao mesmo tempo, temos uma política educacional apressada e com vontade de igualar-se aos grandes países, que fez com que o construtivismo fosse simplesmente atirado para equipes gestoras e educadores. Temos a progressão automática, que fez com que insegurança de se ficar em determinada série, tornasse um descaso ainda maior por parte do aluno e pior ainda, por parte da família, da sociedade; fizemos o descaso com a educação virar uma cultura nacional.
Enquanto estudiosos e equipes gestoras defendem um construtivismo absoluto, vemos as crianças terem cada vez mais autonomia. Autonomia para aquilo que julgam ou não necessário aprender, autonomia para decidirem se haverá ou não o respeito em sala de aula. Mas o pior, vemos uma guerra de empurra, onde o culpado sempre e infielmente é o professor. Publicações como Nova Escola, Veja, entre outras mil, defendem a idéia de que o fracasso da educaçao, sempre será por conta de um professor despreparado, nunca para a política educacional, nunca para a família que negligencia seus filhos. Mas será que nunca haverá aquele, que verá que sozinho o construtivismo não pode nada? Levar em consideração o que um aluno sabe, sem fazer com que ele tenha a responsabilidade por aquilo que ele aprende, é irresponsabilidade demais.
Promover discussões e leituras obrigatórias mostrando as belezas e vantagens de uma ciência e de um conceito, não levará ninguém a lugar algum, isso eu digo. Não enquanto o construtivismo, não aprender a ver o que o tradicional ja sabia ( e tantas outras linhas do saber) para poder se aperfeiçoar.
Tá aí principal defeito do construtivismo; ser tradicional demais.

Que comecem os jogos...


O começo é sempre dificil; sempre se almeja a perfeição desde a primeira linha, desde a primeira postagem. Mas com certeza nada vem assim derrepente. Ainda assim, espero que todos os visitantes desse humilde blog, possam encontrar assuntos interessantes e que se não interessantes, pelo menos bem feitos, e dignos de 5 minutos de leitura.
Aqui, pode-se encontrar de tudo um pouco: cultura, política, comportamento e até esportes se for necessário. O que mais dejeso, não é a imposição de idéias prontas, ou a exposição de filosofias que acredito serem as certas, mas sim um espaço onde eu possa aprender muito, e quem sabe, ensinar alguma coisa.
Quero um lugar para escrever, para pensar. Para discutir! Um lugar para que possa ser eu, longe de qualquer interferência (que garanto, são muitas todos os dias), que me garanta 100% de verdade comigo, e claro com àqueles que lêem essas palavras.
Espero que voce entre, e sinta-se em casa. Espero que encontre aqui, um lugar onde caso voce tenha se sentido ofendido, você tenha todo o direito de falar. Espero falar; espero ouvir... Espero o futro...Espero tanta coisa! Mas, acima de tudo, espero que goste, e sinta aqui, um espaço seu, que assim como eu, sempre, mas sempre mesmo, sente que esta falando sozinho.



Hugs, William Veríssimo