sábado, 28 de agosto de 2010

E Será que dá pra Piorar?


"Vote no Tiririca, Pior do que tá, não fica!"


Essa frase me assusta, mas faz milhares e milhares de brasileiros darem risada, e prometerem voto a um homem que se faz de idiota, para colocar as mãos no poder.E a campanha, tem mobilizado muitas pessoas: só nas duas principais comunidades do Orkut sobre a candidatura, há mais de 50.000 membros. Em cada uma.
Não é de hoje que se usa o teatro para se criar um personagem e alcançar o poder. Não, não acho que Tirirca entenda de política, mas acho sinceramente, que ele sabe bem o que quer, assim como o outro tanto de candidatos, que se utilizam de seus personagens e de sua pseudo-fama para conseguirem o tão sonhado cargo político.
Me assusta tudo isso. Não o Tiririca se candidatar, mas as pessoas dizerem que votarão nele, e acharem isso normal. Falarem que já que Lula, um homem apenas com o primário chegou lá, por que não Tiririca? Esquecem-se que por mais que tenham se decepicionado com Lula, o homem pelo menos apresentava propostas, sabia falar, e male male, fez sim muitas coisas para o Brasil.
Mas tão assutador quanto Tiririca, são todos aqueles que usam de pessoam famosas para falarem por eles. É o caso de Mara Maravilha, que fala que uma plítica abençoada, começa em casa, e que confia em seu marido...Meu Deus! Ou Raul Gil, que fala que para seu filho, ele tira o chapéu... É mesmo, não me diga!
Não podemos esquecer que tudo está em nossas mãos. Tá, sei que é difícil votar hoje em dia, sei que não podemos confiar em ninguém, mas jogar nosso voto fora conscientemente, é muita falta de respeito com nosso país, com nossa família, com nossa vida, com nossa honra...Não permita que essas pessoas tomem lugares de pessoas que pelo menos entendam do que estão falando! Esqueçam, jogadores de futebol, cantores desesperados pela falta de fama, ex-estilitas com inveja de falecidos desafetos, e pense!




Bom, com isso fica claro o porque de os programas de humor não poderem fazer nenhum tipo de imitação ou entrevista com aspirantes á cargos políticos; eles já se bastam! Pra que mais sátiras, não é mesmo?
Voce acha, sinceramente, que merece isso? Se a resposta foi sim, só posso lamentar por você, e claro, por todos nós, brasileiros.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Até Isso o Brasil Importa



Se já não bastassem as milhares de mulheres-fruta, e tantos outros tipo de mulher (e homens tambem claro), aspirantes a celebridade, resolvemos importar, de um lugar de onde diga-se de passagem, ja importamos tantas coisas... Paraguai!
E como quase tudo que vem daquele país, a celebridade veio com defeito; falta moral, cérebro, coxas e algo mais. Mas vem com um belo vestido para acompanhar... Digno da alta costura feitas para as barbies made in Taiwan.
E só para completar ainda solta a pérola:

"Não tenho culpa se no Paraguai, nos vestimos assim..."



Sem mais....

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

The Runaways



Pois é; parece que agora os marmanjos também terão uma bela desculpa para acompanhar a carreira de Kristen Stewart e Dakota Fanning. Se antes, elas estavam sendo conhecidas apenas pela saga Crepúsculo, agora com o filme The Runaways (no Brasil The Runaways-Garotas do Rock, com estréia prevista para 8 de outubro), que conta a história da banda homônima da década de 70, todo mundo está comentando de como essas meninas "cresceram", tanto pelos corpos exibidos em cenas prá lá de quentes, como na atuação, que com certeza, mostra uma maturidade maior no trabalho dessas duas garotas.
O filme, dirigido pela iniciante Floria Sigismonde, tem atraído a atenção por onde passa. Festivais de cinema de pequeno e grande porte, sendo o mairo exemplo, o de Sundance, onde foi um dos filmas mais concorridos. Inegavelmente, uma parte desse alvoroço, acontece devido à presença das duas estrelas adolescentes, Stewart e Fanning, vivendo os papéis principais. Por outro lado, o filme vem recebendo críticas positivas, aliás, bem superiores as que se esperavam. Muitos dizem que é um filme que "celebra a múscia acima de tudo" e também que se trata de um filme muito "passional em todos seus aspectos". Para muitos, a melhor atuação de ambas as atrizes até então.
Outro destaque, é Michal Shannon, como Kim Fowley, o empresário da banda. Sua atuação demasiadamente sarcástica, para muitos, é o ponto alto do filme. Fanning, como Cherie Currie, e Stewart como Joan Jett, revezam-se na maior parte das cenas, já que a história é baseada em uma visão que foca mais a vida das duas integrantes.
Para muitos porém, mesmo sendo um filme "quase perfeito", há o pecado ao se esquecer um pouco das outras Runaways, que também foram importantes na história do grupo. Um dos motivos desse esquecimento, também pode ser ligado por exemplo, ao fato de Lita Ford,ex guitarrista do grupo, não ser tão a favor do longa como as compnheiras. Ela disse que chegou a sentir-se "enojada", quando o agente de Joan Jett, ofereceu-a alguns milhares de dólares pelos direitos autorais de sua vida.
O final corrido, como se não houvesse mais tempo para se contar o necessário, também foi alvo de críticas, porém, nada que tirasse o brilho maior do filme, e nem fizesse com que a polêmica cena de um beijo entre as protagonistas fosse ofuscada.
Para os brasileiros,resta apenas esperar, já que a estréia foi passada de agosto para outubro. Mas até lá, ja dá pra conferir a trilha sonora oficial, lançada desde março.
E aí? Será que você também vira fã de Kristen? É aguardar, e conferir. Fique com uma pequena prévia do filme nesse trailer legendado.


domingo, 8 de agosto de 2010

Trinta e Dois Canais de Nada


Não adianta, por mais que procuremos, nenhum dos 32 canais da rede aberta de televisão do Brasil, oferece uma programação siginficativa para nossas vidas. Bom, claro que da televisão, não pode se esperar muito, porém, é estranho ver que há tantos canais com apenas uma idéia: a da alienação.
Em uma recente entrevista à folha, a atriz Aracy Balabanian, fez uma observação interessante:

"Hoje, vejo que se tenta melhorar, melhorar, melhorar, e tudo ficou tecnicamente melhor. É HD, luz, equipamento, mas a televisão sofreu um empobrecimento"

É, com certeza, ela não poderia estar mais certa. Mas será que algum dia, a televisão foi, de certa forma, siginificativa ou, pelo menos, menos maliciosa em nossas vidas?
Claro, com certeza aparecerão aqueles que se lembrarão da década de 70 e 80, com seus desenhos inesquecíveis, e seus programas infantis de qualidade superior. Também aparecerão aqueles que dirão que a nudez era menor na TV, e que não havia tanta "pornografia gratuita", com mulheres exibindo seus corpos malhados em biquínis mínimos. E até haverão aqueles, que dirão que o humor era melhor e mais refinado. Mas será, que se olharmos bem mesmo, veremos uma diferença tão grande? Uma ideologia tão diferente do que a nossa televisão difunde hoje? Creio que não. Se tivermos sorte, a única coisa que mudou mesmo, é de que a Globo já não é mais a mesma máquina super poderosa e inabalável que antes era.
Mas...O que anda abalando a Globo? Cópias fiéis de seus programas em outras emissoras, especialmente na Record. Agora, todas as emissoras querem ter o padrão Globo de qualidade, e nós pobres mortais, que paguemos o preço. Todas querem ter suas novelas das 6, das 7, das 8. E tem para todas as idades, com mensagens de cunho social e de grande importância, que logo são esquecidas quando a novela atual termina. Todas querem ter sua campanha altruísta de ajuda ao próximo, seu "Criança Esperança" particular. Todas querem ter um apresentador à "altura" de Fausto Silva; e nós aqui do outro lado, ficamos cada vez mais sem personalidade nos programas. Cada vez mais, vemos mais do mesmo.
Mas claro, sempre aparece quem tenta inovar: Legendários! Que tal? Nome bonito; proposta linda! Mas não funciona... Só nos dá mais do mesmo, e dá ainda menos do que os outros oferecem. Acaba que não chega em lugar algum. Fica entre Pânico e CQC, e perde-se bem antes do meio do caminho que propõe-se percorrer.
Reality Shows? Temos pra todos os gostos! Musicais, sobre nada (leia-se BBB e A Fazenda), que tomam grande parte da vida de pessoas que, ao que parece, preferem a vida da TV, do "ídolo" que nem mesmo ouviram falar à sua, que já é por demais sem graça, perto de tantas festas bacanas produzidas dentro da "Nave Mãe BBB". E esses ídolos, pseudo celebridades que somem mais rápido que um raio, são os exemplos que muitos deixam os filhos verem. São pessoas, que ao saírem de seu confinamento, tem milhões de seguidores, que tatuam na ppele o nome de pessoas que nem sabem de sua existência. Aonde chegamos?
Nossas tardes, são recheadas com violência e regadas a sangue,com um jornalismo cheio de sensacionalismo, que mostra de certa forma a verdade, mas nunca com o intuito de informar, apenas de manter seus anunciantes. Repetem-se incansavelmente notícias e nomes que acabam se tornando familiares do povo, mas não mostram solução. Mostram, ensinam a se revoltar contra o governo, contra as mazelas em que nós vivemos, mas não mostram como podemos alcançar nosos direitos. Fazem a vez de jornalismo apenas como meio de comunicação de barbáries, mas não mostram meios para que possamos mudá-las.
Mas, é complicado. Muda-se dos grandes canais abertos e só se encontra: vaca, igreja, vaca, quiz premiado, vaca... É um tentando vender bençãos, o outro leiloando a maior vaca leiteira do estado, ou então, alguém querendo que você acumule pontos para ganhar 7.000 reais... Não é uma missão fácil assistir TV aberta no Brasil, aliás com certeza, em nehuma parte do mundo. Assistir TV, virou o maior sinônimo de alienação dos últimos tempos. E não adianta, nem mesmo canais como TV cultura e Futura, eram como costumavam ser; mas ainda assim, são um sopro de vida na televisão brasileira. Tampouco, adianata fazer ataques contra a globo, e esquecer-se das outras tres dezenas de canais que seguem à sombra da grandiosa emissora.
Dentro de tudo isso, ainda há uma certa vontade de respirar da TV. Há programas que tentam sair do lugar comum, mas misteriosamente, não duram muito tempo, como por exemplo, o programa "Separação" do Globo, que ainda não tem volta certa à grade da emissora. Entre os que estão no ar, destaco "A Liga" da BAND, que mostra matérias jornalísticas de uma maneira mais próxima de nossa realidade/interesse, sem cair no lugar comum. Mas esse é apenas UM entre as centenas de horas de programação diária que nossa TV brasileira (uma das, ou de acordo com muitos, a melhor do mundo), produz.
Será que o problema está de qual lado da telinha afinal?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Corrente do Mal


Raro quem nos dias de hoje, ainda não recebeu o email, ou pelo menos que tenha visto as fotos em blogs ou outros veículos de comunicação, da candidata Dilma Roussef em sua época de "matadora". Já ouvi todos os tipos de coisas, um dos exemplos maiores é: " Você quer colocar o Brasil nas mão de uma assassina?" ou "Quem já matou uma vez, mata duas!"
Porém, ainda que tudo isso fosse verdade, coisa que creio não ser, a época em questão, não era igual aos dias de hoje, onde há o direito de se expressar. Era uma luta dura contra a ordem do silêncio, e da violência que imperava à favor dos mais poderosos. Vlado, o jornalista morto e torturado ná época da ditadura, tornou-se um mártir por morrer defendendo seus ideais; por que então, é tão difícil aceitar que Dilma tenha tentado se defender de monstros tão cruéis, que matavam sem a menor piedade? Por que, é tão difícil aceitar o uso da violência para a defesa?
No filme "Vlado, 30 anos depois", temos a narrativa da história do jornalista Vladmir Herzog, que foi morto na época da ditadura, mais exatamente no dia 25 de outubro de 1975, e em um acontecimento inédito, sua morte foi vista como responsabilidade do governo ditatorial, e suas táticas de tortura. As cenas de depoimentos de amigos e familiares do jornalista, são de grande veracidade, e causam grande comoção pelo grau de violencia descrita. Ainda assim, uma das cenas que mais chama a atenção, é quando a população, perguntada em plena praça da Sé, sobre o que havia sido o período de ditadura, não sabiam do que se tratava o tema. Até mesmo pessoas, que pela idade haviam claramente vivido durante o regime, não sabiam falar sobre o assunto. Muitos diziam nem mesmo ter vivido nessa epoca, como se tudo já tivesse ficado à anos luz de distância.
Hoje, não muito diferente e poucos anos depois da realização do filme, que é de 2005, o povo parece se esquecer dos horrores da ditadura, e condenam pessoas que de alguma forma, tentaram se defender ou revolucionar o país. Endeusam séries globais (como Anos Dourados e Anos Rebeldes), onde a luta dos jovens e suas revoltas, foram o estopim para o fim de uma era, mas não são capazes de entender a luta de uma mulher que é candidata à presidência. Vêem apenas pelo lado mínimo da história; vêem o que é mais fácil, o que choca mais. Esquecem que o próprio José Serra, já foi um exilado na época da ditadura. Se ele fez parte de alguma emboscada? Talvez não. E isso faz dele um delinquente? Não, faz dele um homem fino e culto, defensor de sua pátria. Mas qual a diferença? Ambos tentavam de certa forma, mudar o país.
Muito se escuta falar desse tenebroso passado, mas pouco se tenta entendê-lo. E ainda em menor escala, busca-se saber se ele é real. Tudo o que se sabe, é que em forma de corrente de emails, ele passa aterrorizando a mente dos não pensantes, e não com muita dificuldade, são repassados pelos mesmos que repassam fotos de crianças desaparecidas, ou doentes que ganharão 10 centavos a cada email repassado.
Os rastros da ditadura estão nesses mesmos emails, e nesses sites que divulgam tais informações. São informações que faltam partes, que são editadas, que só tem aquilo que se quer mostrar; que se aproveita de um povo que se esquece dos horrores que já viveu. Como já disseram, somos os filhos da ditadura, mas parece que aprendemos o lado ruim das lições.
Se vou voltar em Dilma? Se sou Petista? Se sou anti-Serra?
Não; sou anti-mentira e preguiça de pensar; sou anti- imediatismos, anti-minimalismos, principalmente quando mais uma vez o futuro do país esta em jogo.
Não quero defender ninguém, mas crime, é repassar/receber tantas informações, e não ter o mínimo de senso crítico para análisa-las. Crime é cegar-se.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Perdido em Silent Hill

Se em 1999, a Konami havia conseguido dar um salto monstruoso com seu "Silent Hill", em relação aos demais jogos de terror conhecidos até então, o futuro da série parece estar um pouco aquém do que merecia.
Silent Hill, surgiu em uma época onde o ato de matar monstros e se assustar a todo momento, estava no auge,e conseguiu incorporar um terror de caráter mais pisicológico em um jogo. Repleto de referências, o título também era um prato cheio para amantes do terror, já que as ruas do mapa de sua cidade, eram repletas de nomes de escritores e personagens de filems e livros de terror. É inegável no entanto, a influência que jogos como Resident Evil (que teve seu terceiro título lançado no mesmo ano do primeiro Silent Hill) e Alone In The Dark, tiveram sobre seu desenvolvimento; a presença de monstros e de reviravoltas no roteiro estava lá, mas a história era tão densa para um jogo, que facilmente ganhou admiradores por todo o mundo, gerando sequências e até mesmo um longa metragem, que é de longe um dos mais fiés filmes gerados de games até hoje, no ano de 2006.
O grande problema de Silent Hill, é o mesmo problema com outros títulos que envolvem sequências (sejam em filmes ou games), o roteiro começa a se perder, e o lançamento de jogos desnecessários passa a acontecer, como é o caso do título mais recente lançado para PS2, Wii e PC, chamado Silent Hill Shattered Memories.
Fãs menos conservadores da série, com certeza aprovaram SHSM, mas, de certa forma, fica no ar a impressão de um jogo lançado apenas por intuitos comerciais e mais nada, já que ele é apenas uma releitura do primeiro jogo da série, com um enfoque menos sobrenatural. Com Silent Hill: Origins, o mesmo parece acontecer; a tentativa de se explicar os fatos acontecidos antes do primeiro jogo na série, soa quase como o filme "O Massacre da Serra Elétrica: O Início", e mostra abordagens que em nada surpreendem, dando a entender que não havia nada de tão surpreendente que ainda não havia sido falado.Ainda assim, mostra cenas antológicas, como a cena onde Alessa, de certa forma o personagem principal de toda a série, queima-se durante um incêndio, sendo salva por Travis, personagem central do jogo. Seu defeito maior, assim como Silent Hill Shattered Memories é ser demasiadamente curto e com um nível de dificuldade baixa. O próprio Silent Hill 4: The Room, é uma das amostras de como a série se tornou comercial, já que o jogo nem mesmo seria um título da franquia, mas acabou sendo adapatado, por uma questão estratégica de marketing.
Depois de um altamente técnologico mas vazio em roteiro Silent Hill V, a Konami divulgou durante a E3 de 2010, o trailer do futuro título para consoles da nova geração, o tão aguaradado Silent Hill 6. Duarante o trailer podemos ver mais um pobre indivíduo, que será colocado dentro da maléfica cidade. Trata-se de um presidiário, Murphy Pendleton, que é transportado de ônibus durante uma noite chuvosa. Durante seu trajeto, de alguma forma ainda não clara, consegue escapar, e acaba entrando nos limites da cidade. Lembra muito em algumas partes, a chegada de Travis (Origins), em seu caminhão, já que ele dorme ao volante algumas, vezes e vislumbra cenas de seu passado, e o mesmo acontece com o personagem do vídeo, porém (claro e obviamente por ser um presidiário) ele não dirige, e permanece em seu banco olhando para suas algemas.
Uma das grandes novidades do título, é que ele não conta com Akira Yamapka como o produtor de sua trilha sonora, o que não é nada agradável para quem já conhece seu trabalho nos jogos antyriores. Porém, o novo produtor musical, Daniel Licht, conseguiu manter o clima do jogo, como voce conseguirá ver durante o trailer. Outro fato que chama a atenção, é o de a produtora Vatra, responsável pelo 6º título da série, ser Tcheca, ao contrário das outras que eram Japonesa e Americana respectivamente.
Com certeza, fãs do jogo ao redor do mundo esperam ansiosos para mais uma chance de entrar em Silent Hill. Porém, a incerteza do que vai se encontrar (em questões de qualidade e até de roteiro), com certeza deixa todos apreensivos. Mas o fato é só um: para quem gosta realmente de Silent Hill, por menor ou menos empolgante que seja o "passeio", é sempre bom contar com uma nova visita à nessa misteriosa cidade, cheia de segredos e aberrações...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Onde os Monstros Vivem? Nem tão Longe Assim.



Se Spike Jonze queria causar certa estranheza com seu filme intitulado de "Onde Vivem os Monstros" (Where The Wild Things Are, EUA, 2009), e até um ar depressivo sobre a infância, ele conseguiu. Recheado de metáforas e de uma linguagem que pode parecer confusa (e por vezes até inocente demais), o filme caminha em seus 101 minutos de maneira que leva do extase ao cansaço em certos momentos, mas deixa um resultado final impressionante: uma obra prima.
Raros nos dia atuais, fimes dedicados ao público infantil como "Onde Vivem os Monstros", levam-nos sobre uma reflexão acentuada sobre o fato de acharamos que as crianças não devem sofrer para aprender as lições básicas da vida, como respeito e autonomia. A sinopse, baseada em um livro Maurice Sendak do ano de 1963, leva-nos diretamente de encontro a Max: um garoto de 9 anos que não tem exatamente a vida que queria, e por vezes, também não se sente na família ideal. Sente raiva da irmã por ela ser mais velha, e já ter seus compromissos e também não entende o porque de sua mãe arrumar um novo companheiro. Certo dia, num momento de fúria (leia-se birra), Max depois de morder o braço da mãe, foge desesperadamente pela rua de sua casa, até assentar-se em um pequeno esconderijo, onde dentro de poucos segundos, um grande e bravio mar surgirá a sua frente, levando-o de encontro a uma ilha misteriosa onde apenas monstros habitam.
Lá, Max terá chance de enfrentar todos os monstros de sua vida, já que encontrará todos os tipos de personalidade que teme em seu dia-a-dia, e, de certa maneira, são as transfigurações de seu eu. Porém dentre todos esses, um deles se destacará: Carol. Um monstro doce no início, mas que com o passar do tempo, mostrará seu egoísmo e ira em momentos desnecessários, fazendo com que Max, encontre consigo mesmo, e possa refletir suas ações. Para que o fardo não pese tanto, Max encontrará KW, o único monstro que não lembra em nada ele mesmo, representando o amor materno que Max parece ainda não compreender, causando grandes momentos de discussões e com certeza fazendo-nos lembrar do quão grossos já fomos com nossas mães algum dia. A cena em que KW pede para que Carol pise em sua cabeça para que seja punida por um ato parecid,o mas de certa forma sem intenção, é de uma força tão grande que o silencio em que ela acontece, é perturbador.
A trilha sonora é um ponto positivo a mais, bem como a linda fotografia, que dá um ar quase sépia ao filme, apelando para tons marrons seja nas pelagens dos monstros, ou nas florestas e montanhas.
Inicialmente direcionado ao público infantil, "Onde Vivem os Monstros" não deve ser ignorado pelos adoradores de cinema. Afinal, não apenas as crianças esquecem-se de que nem sempre somos pessoas agradáveis, e que aos olhos dos outros podemos ser, de certa forma, monstros. Afinal, onde vivem os monstros? Com certeza, mas perto do que imaginamos.