quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Cara do Brasil


Em apenas um dia, ouvi duas pessoas falarem os mesmos termos: que a T4F (Tickets/Time for Fun), uma gigante no Brasil no ramo de shows é a cara do Brasil, e sabe que infelizmente começo a acreditar, ou melhor, começo a enxergar tudo isso em uma infeliz experiência.
Não, a Avril Lavigne não é feia e desajeitada, e tampouco é culpa dela os infortúnios do show, como fila desorganizada, seguranças despreparados e milhares de outros pequenos detalhes. Mas sim de uma empresa enorme, que faz shows caríssimos, com um suspeitíssimo jeito de vender ingressos (com preferências para determinados cartões), e tem um atendimento, assim como qualquer grande empresa para eventos no Brasil, tão falho como a organização.
O pior, está no fato de que todo o conjunto ao redor trabalha em equipe: taxistas exploradores sugam o sangue com corridas de valor fechado, frente ao desespero de um cidadão ficar na rua de uma grande cidade sozinho. No show do U2 por exemplo (olha a T4F aí de novo), podia-se encontrar táxis no valor de até R$300, como visto em uma reportagem exibida pelo programa CQC. Os estacionamentos são de outro cartel: o do "ou você guarda seu carro aqui, ou...", e todos sabemos que não há nada pior do que reticências, não é mesmo?
O trânsito, ainda que conte com uma equipe "preparada" (a CET) para grandes aglomerações também não flui. Tem funcionários que nem mesmo sabem se há ou não a circulação de ônibus, ou até mesmo, o nome da rua onde estão. Bom, do que eles cuidam mesmo? Do trânsito...Ah, sim. Puxa!
Mas claro que não apenas a T4F tem culpa e passa dos limites quando o assunto é um grande evento. No show de Beyoncé, diversas pessoas tiveram ingressos cobrados por diversas vezes enquanto uma mensagem de erro era aprtesentada na tela. A devolução? Aconteceu dois demorados meses depois; o autor do texto é uma prova viva e ocular de tudo isso. O mais engraçado/fatídico de tudo isso, é que ao final de tantas reclamações, as própras atendentes da empresa já diziam: "faça um b.O., e leve essa empresa para a polícia". É a revolta daqueles que ouvem todos os dias reclamações de semelhantes. É a tristeza de um povo.
Nisso tudo, juntando grandes eventos com "ótimas" organizações, não podemos nos esquecer do tal sorteio de eliminatórias que será feito graças a tal copa, no valor de 30 milhões. Saúde 0; educação 0. Sorteio para a copa 30 MILHÕES. Nesse caminho, temos muito ainda que faturar, ou melhor, muitos tem ainda muito o que faturar. Se o caminho do evento pode mudar? Não sei. Digamos que não acho que um PROCON se encaixe aí, mesmo o dinheiro sendo seu. Bom apenas uma consideração final; tudo isso tem mesmo a cara do Brasil, ou sejam, funcionam como uma repartição pública, lenta e despreocupada com os interessados, mas cobra preço de particular.
Welcome to my country. E claro, uma foto emblemática da últim
a estrela que assisti, dando um recado da empresa que organizou seu show, para todos os brasileiros.

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