sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Certezas.


Um diáologo entre o inconsciente passional cheio de dor e amor, e a racionalidade, cehia de razão e verdades duras.

Certezas
William Veríssimo (A razão em itálico) e Débora Santos(a paixão desmedida).


A noite corrompeu-me novamente.
Tomou-me um negro infinito.
Eu era eu; e tu, solidão...

A mim, quem corrompeu foi o dia.
O dia que veio e novamente se foi.
Eu, que nunca fui eu, eu que vivo no limbo.


E neste instante, cerrei meus olhos; não queria ver.
Ceguei-me confusamente.
E outra vez, tomou-me a mesma solidão...
e de novo erA eu, e tu, minha solidão...

E agora estou aqui, olhos abertos,
Ouvidos fechados
Tudo fala e faz som;
Mas nada chega à minh'alma.
A voz do mundo, já não me interessa mais;
Apenas a voz do meu coração.
Mas onde estás coração?
Onde estás?


Eis me aqui, a pulsar em ti, em ti
Solidão.
Eu menino medroso, e tu:
Homem conciso.
Vem até mim que eu te preciso!

Não sinto nada, e insisto em cegar-me!
Ver para que? Sentir para que?
Desculpa-me, mas em suas palavras, não sinto firmeza.
Sinto apenas palvras, impulsionadas pela tristeza.


E esta tristeza, trouxe-me um pouco a certeza,
que faltava-me a pura destreza...
Então despi-me de ti, solidão.
Tua boca, esqueci.
Teu abraço, desfiz.
Fiz-me sentir homem sem ti,
Senti solidão....

Se encontrou-te fico feliz.
Feliz por mim, feliz por ti.
Pois agora, tenho certezas;
De que pertencemo-nos na solidão, e não na alegria.
Certezas.


Outra vez enganei-me;
Em tua estrada findei-me.
Pensei em seguida:
O que somos no mundo...
Nesse segundo,
como se fosse tormento
Eu era seu, e tu:
Meu...Meu...

Sempre teu, em ti;
Sempre contigo.
Seja como um amante
Um traidor
Ou um amigo...
Sempre.
Sempre você,
sempre nós.

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