segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vergonha por Associação


Num país, aliás num mundo onde nada mais é confiável, uma representante, ou pelo menos uma pessoa que se considera uma representante da população e seu dever é noticiar os fatos para que as pessoas possam pelo menos ficar sabendo do que se passa no mundo, fez o favor de envergonhar toda sua classe, e claro, toda e qualquer pessoa com o mínimo de decência. Maritânia Forlin, repórter de um jornal regional da Record, fazia uma troca de favores com traficantes para conseguir furos de notícia. Com eles ela conversava sobre quando iriam acontecer os homicídios e até mesmo de lugares onde aconteceria o tráfico de entorpecentes e a facilitação de aproximação com viciados para eventuais entrevsitas.
Segundo as gravações que a polícia obteve com a autorização da justiça, a reporter de 28 anos já estava até mesmo um pouco decepicionada com a falta de ocorrencias que vinha enfrentando. Veja um trecho de conversação gravada:


Criminoso - Eu fui levar o Chinês para fazer um 'corrinho' hoje, entendeu? - diz o homem.

Repórter - Hoje?

Criminoso - É, lá na vila candida, pegar o cara, não achamos o cara.

Repórter - E ia apagar o cara?

Criminoso - Vai.

Repórter - Você tem que fazer o serviço e depois me liga: acabamos de fazer o negócio. Faz dias que não dá homicídio. A cidade está muito parada.

Criminoso - Mas vai ter homicidinho logo para vocês. Não demora não.

Repórter - Ai, ai, ai...

Criminoso - Tá proximo


É infelizmente esse tipo de profissional, que consegue acabar com a reputação de toda uma categoria. O que fazer agora? Esquecer? É, talvez... Mas o que mais dói imaginar é que talvez, essa seja apenas uma das poucas ocorrências desse tipo. Será que há mais pessoas, ansiosas pela morte de outras pessoas apenas para preencher uma manchete de jornal?
Como dói saber a resposta.

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