domingo, 18 de dezembro de 2011

Digestão Difícil

Originalidade pra que?
Foi-se o tempo em que utilizava-se a rede para saber as novidades na TV. Hoje tudo parece ser um ciclo sem fim de revoltas e filosofias que se iniciam na rede, que depois são discutidos repetidamente e cheios de ponto de vista nos canais abertos da vida. Nada melhor para ilustrar a velha frase: "Nada se cria, tudo se copia".
A sensação é que a TV se tornou um grande facebook menos interativo, que utiliza-se de assuntos que foram assunto a semana toda, e de artifícios surrados como a transmissão de videozinhos e piadinhas que de tão surradas já não causam mais o mesmo efeito. Por vezes claro, há o momento de conscientização e filosófico, mostrando a importância de se mudar alguma atitude.
Pergunta difícil. A TV copia a rede social, ou a rede social é uma TV de forma mais interativa? Talvez ainda sem resposta, mas não difícil de ser observada veja a programação desse domingo, e faça uma retrospectiva de sua semana, digamos no Facebook.

Com a cobertura com proporção comparável a um grande acontecimento relevante, o programa Pânico promove nesse momento o final de um de seus quadros ais comentados em busca de uma audiência que fica cada vez mais confusa ao procurar o que assistir. Se por um lado, encontra programas duvidosos com quadros questionáveis, como o humorístico da Rede TV, não há nada que faça tanta diferença nos programas concorrentes.
No SBT, vemos o ex-dono do Baú falando sobre suas pegadinhas e brincadeiras que não acrescentam nada nem de relevante nem de novo a programação, assim como o concorrente que mais parece uma versão mal feita e sem propósito de "Supersize-me" filme de 2004 que mostra os efeitos de uma dieta à base de fast food.
Enquanto isso, vemos na Globo algo sobre os pólos da Terra. Cá entre nós, falar de aquecimento global como chover no molhado; e como falar pra que todos façam sua parte no "Criança Esperança", enquanto se deduz milhões de seus impostos, ou seja, não polua a atmosfera reduza sua emissão de gases, mas nós faremos o Rock in Rio, um festival nada sustentável.
Já na Rede Record, temos a sensação de deja-vu das redes sociais dessa semana. Camilla, a enfermeira assassina de yorkshires é o foco da reportagem, que assim como todos os usuários (ou pelo menos a maioria deles) exalta o mal comportamento da moça, que diz que num momento de estresse, matou o pobre animal. Ou seja, tudo mais do mesmo. Por que ainda perguntam o motivo da diminuição da audiência da TV? 
Difícil de engolir, e cada vez mais difícil de se digerir, a programação da TV vai cada vez mais repete as mesmices do que se vê na internet. Antes geradora de opiniões, hoje quase uma escrava da repercussão dos assuntos da rede. Ainda assim, a rede também não anda um paraíso. Repetitiva, e por vezes muito agressiva é  a terra dos mais sábios do planeta. Cuidado por onde anda.

Game over/Apocalipse?

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