sábado, 4 de dezembro de 2010

A Arte que Imita a Vida.


O cinema às vezes traz surpresas agradáveis, e por certas vezes, podemos nos ver numa situação curiosa. Por exemplo, você já teve a sensação de quando assiste a uma comédia estar assistindo à um drama? Pois é, esse é o poder da ambiguidade do cinema, que muitas vezes nos deixa sem saber qual a real mensagem de um filme.
Recentemente, dois filmes lançados deveriam ter mudados seus gêneros, ou quem sabe agregar aos já existentes, o gênero terror.
"Morte Negra" e "Tropa de Elite 2", são dois filmes de nacionalidades diferentes, que contam histórias diferentes de países e épocas diferentes. Porém, ambos chegam em um lugar comum, quando mostram o quão cruel um ser humano pode ser ao seu semelhante. Em "Morte Negra", temos a história de uma praga que na era medieval, ataca muitos vilarejos e faz um extermínio com a raça humana; os que vivem, acreditam que tal praga não se trata de nada mais nada menos do que um castigo divino. É aí então que entra em cena um grupo de cavaleiros que tem como missão chegar a um vilarejo que não segue a religião cristã, e misteriosamente, não sofre do mal. Não deveriam esses moradores, pelo simples fato de não seguirem a palavra de Deus, serem castigados? É aí que o terror começa; pois se os cristãos se acahavam no direito de matarem aqueles que fugissem aos ensinementos cristãos, os habitantes do lugar também não fogem a regra, e se acham no direito de eliminarem aqueles que são contrários às suas crenças. Ficar do lado de quem?
Já "Tropa de Elite 2", dispensa comentários. O filme, que dá sequência ao fenômeno do primeiro filme de 2007, agora volta ainda pior, e coincide com fatos no mínimo assustadores na mesma cidade onde é ambientado, Rio de Janeiro, que foi dominado por criminosos. No filme, Nascimento, o capitão que já faz parte da cultura nacional, promovido para um cargo de maior abrangência em relação ao BOPE, pensa que poderá ter maior controle da violência. Mas engana-se; pois assim que acabar com os criminosos pequenos, os rreais criminosos começarão com seu plano de dominar as ruas das comunidades pobres da cidade. E esses serão difíceis de se enfrentar, pois são os próprios governantes e integrantes da polícia. O filme assusta e mostra diversas caricaturas de personagens que já podemos ver por aí. Personagens reais e muitas vezes ignorados por nós passeiam pela história, e nos faz refletir: esse é o mundo em que vivo? Talvez fosse melhor não contar com essa segurança.
Mias uma vez, infelizmente nesse caso, a arte imita a vida, de certa maneira, a vida de todos nós. Todos nós tementes a uma sociedade cheia de crimes e corrupção, e não tementes (pelo mesmo não da mesma maneira, ou com os padrões "adequados") ao Deus da maioria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário